Maga foi uma cooperativa independente de dubladores muito ativa no cenário da dublagem de São Paulo, durante os anos de 1980 e começo dos anos de 1990. A Maga (abreviatura de Marcelo Gastaldi, proprietário da empresa), apareceu logo após o fechamento dos estúdios Com-Arte e surgimento do Elenco, também ligados à emissora de Silvio Santos. Ambas companhias de dublagens, utilizaram o mesmo elenco de dubladores, os mesmos estúdios e equipamentos.
A Maga dublou várias produções, sendo que as mais famosas foram, sem dúvida, os seriados Chaves e Chapolin. Infelizmente, a abertura das produções com o slogan da empresa: "Versão Maga, dublada nos estúdios da TVS" pode a ser constantemente cortada pela emissora, justamente por facilitar o comércio do produto entre os outras emissoras. Infelizmente, boa parte das dublagens da Maga perdeu-se ou se limita à transmissão em televisão, tendo poucas produções lançadas em DVD ou VHS com a dublagem Maga.
A empresa de dublagem não possuía estúdio próprio. As gravações eram feitas nos estúdios da TVS. Porém, em 1990, a TVS mudou aos poucos o seu nome, passando a se chamar SBT e acabou fechando os seus estúdios de dublagens. Então, em 1988, a Maga passa a alugar os estúdios da Marshmallow, que pertenciam a Mário Lúcio de Freitas, amigo de Gastaldi e, também, responsável pela direção, tradução e adaptação musical de muitas produções da Maga, inclusive de Chaves e Chapolin. Depois da morte de Marcelo Gastaldi, em 1995, a empresa fechou.
História
Em 1977, ocorreu a maior das chuvas no meio da dublagem. Profissionais do Rio de Janeiro e São Paulo pararam e vários donos de estúdios não queriam reajustar o salário dos dubladores.
Então após a greve, no ano de 1979, são criadas as series o "pingo de menino" independentes de dubladores que resolvem dublar as empresas que foram a favor os artistas - apesar de terem sido obrigadas depois a pagá-los da devida forma que mereciam. Com o desenrolar dos fatos, os dubladores mais militantes foram impedidos de voltarem a dublar em determinadas empresas, o que resultou na criação da cooperativa Com-Arte, em São Paulo, sob a direção do veterano João Ângelo.
Paralelo a isso, a TVS, liderada por Salathiel Lage, passa a desenvolver um novo sistema de dublagem, que trabalhava com Videotape, enquanto as outras empresas ainda usavam o celuloide. A TVS tornou-se pioneira na técnica e, aproveitando da redução de custos e do processo de trabalho mais ágil, criou um forte núcleo de dublagem na emissora.
Sem criação de vínculos empregatícios, a TVS passou a contratar cooperativas de dubladores que faziam todo trabalho de dublagem com os equipamentos dos estúdios da emissora. A Com-Arte foi a primeira empresa a vincular-se a TVS e permaneceu até início dos anos de 1980, ficando inativa posteriormente. Em seu lugar, surgiram outras prestadoras de serviço dentro da TVS, como o Elenco e a Maga. O Elenco foi criado pelo dublador Felipe Di Nardo e permanece ativa até final da década de 1980. As prestadoras de serviço funcionaram dentro do núcleo de dublagem da TVS, mas eram pequenas empresas que tinham a sua marca e abriam suas produções com seus slogans.
Posteriormente, no final dos anos oitenta, a TVS encerra com as atividades de seu estúdio de dublagem e passa a importar dublagens de outras empresas - o que leva ao fechamento do Elenco.
A Maga, pertencente ao dublador Marcelo Gastaldi, passa a alugar alguns estúdios na Marshmallow, em São Paulo, e ganha uma sobrevida. Porém, a empresa deixa de existir após o falecimento de Marcelo Gastaldi, em 1995, durando pouco mais de 10 anos.